NA MORTE DE JORGE COELHO, O PESAR DA FAUL

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Há mortes que tornam a morte ainda mais inaceitável. A morte de Jorge Coelho, quando tanto havia a esperar da sua energia inesgotável, representa uma enorme e terrível perda para o Partido Socialista e para Portugal.

O PS deve a Jorge Coelho uma dedicação sem falhas e sem limites. Tendo ocupado as mais altas responsabilidades na vida partidária, tornou-se, pelas suas invulgares qualidades políticas e pessoais, uma referência obrigatória e insubstituível para todos os socialistas, que com ele se identificaram, reconhecendo o dirigente sempre disponível, atento, solidário e motivador. Assim, por exemplo, ter o Jorge Coelho como orador num comício era um acontecimento e dava a certeza de casa cheia, de mobilização contagiante e de coesão reforçada.

Com a sua palavra clara e forte, ele sabia dizer o que era preciso ser dito em cada momento. Com a sua acção incansável e entusiasmante, ele sabia fazer o que era preciso ser feito em cada altura. Possuidor de grandes capacidades de trabalho, de organização e de dinamização, foi um dos socialistas mais queridos e apreciados pelos militantes, simpatizantes e eleitores socialistas. Foi mesmo, em ocasiões fundamentais, o rosto e a voz do PS.

Portugal deve a Jorge Coelho um elevado sentido de serviço nos múltiplos cargos públicos que desempenhou – entre outros, os de deputado e ministro de várias pastas. Nesses lugares, demonstrou as suas características fundamentais: competência, eficácia estratégica, proximidade às pessoas, consciência social, entrega devotada ao trabalho. A sua demissão do governo, na sequência da tragédia da ponte de Entre-os Rios, permanecerá como um gesto ético de grande rigor e significado. Quem conheceu e conviveu com Jorge Coelho não esquecerá nunca  a sua afabilidade no trato, a atenção prestada aos outros , o espírito de camaradagem, o sentido de humor, o instinto político.

Antigo Presidente da FAUL do PS, a sua morte deixa um vazio e provoca um profundo pesar em todas as estruturas, militantes e simpatizante.  Em nome da nossa Federação, apresento as minhas sentidas condolências à Família de Jorge Coelho e a todos os seus amigos e camaradas. Nesta hora tão triste, temos o dever de guardar o seu exemplo. Um exemplo de combate por um PS mais forte e mais unido. Um exemplo de luta por um Portugal mais livre e mais justo.

O Presidente da FAUL

Duarte Cordeiro